Diga não ao plágio! Nada de "copia e cola" ok?

*Diga não ao plágio! Nada de "copia e cola" ok?*

domingo, 18 de novembro de 2012

Qualidade de Vida


A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a qualidade de vida (QV) como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. O conceito envolve o bem estar físico, mental, psicológico e emocional, além de seus relacionamentos com a sociedade e com o meio em que vive, incluindo suas condições de habitação. Essa definição mostra que o conceito de QV é subjetivo, mostrando que pessoas diferentes podem apontar aspectos positivos e negativos relacionados a um mesmo assunto. Esse conceito tornou-se mais abrangente, sendo que o termo qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) também pode ser utilizado atualmente. Esse termo refere-se à percepção que o indivíduo possui em relação à sua doença e seus efeitos em sua vida, incluindo a satisfação pessoal associada ao seu bem estar físico, funcional, emocional e social.
O ambiente interfere na mensuração da QV de diferentes formas em diferentes pessoas. Temos como exemplo a satisfação financeira, já que indivíduos com grande poder aquisitivo podem não se sentirem mental e psicologicamente bem, enquanto pessoas com uma menor renda podem ter uma vida plena e feliz. Portanto, muitos fatores interferem na QV como satisfação profissional, hábitos alimentares, prática de atividade física, condições habitacionais, saúde física e psicológica, relações sociais e muitos outros.
É de extrema importância avaliar a QV populacional, para planejar melhorias que afetarão mais a população. No que diz respeito à saúde no Brasil, instrumentos específicos para avaliação de QV em diversas doenças têm sido estudados e validados. Com esses instrumentos de avaliação, torna-se possível construir um perfil de uma determinada população, sua relação com o meio e suas expectativas. A elaboração desse painel na área da saúde nos possibilita traçar objetivos e definir condutas específicas, tendo por base o comprometimento de aspectos exclusivos do indivíduo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sistema renina-angiotensina-aldosterona


Uma explicação beeeem simples e resumida do SRAA!


Mecanismo importante na regulação hemodinâmica do organismo. Em situações extremas (como choque, vasodilatação importante e alteração na PA) as células justaglomerulares renais liberam renina na corrente sanguínea, que vai até o fígado onde se transforma em angiotensina I. A angiotensina I se dirige aos pulmões, onde sofrerão com a ação dos pneumócitos e da ECA (enzima conversora da angiotensina) transformando-se em angiotensina II

Funções da angiotensina II: elevar a PA adequada promovendo vasoconstrição e estimulando a produção de aldosterona, responsável pela retenção de Na+ e H2O.

(esses feijõezinhos são os rins tá? Fiz no paint poxa...)

sábado, 30 de junho de 2012

CIF X CID


CID: Classificação Internacional de Deficiências
CIF: Classificação Internacional de Funcionalidades

E aí, qual a diferença?
A CIF tem um enfoque na funcionalidade do indivíduo, ou seja, o que seu corpo ainda pode realizar, e não em suas incapacidades (como na CID). A sigla exerce um papel positivo para a avaliação das condições de vida e na inclusão social. Como? Simples, ao invés de agrupar as pessoas de acordo com sua doença, passamos a agrupar de acordo com suas funções, fornecendo uma linguagem comum aos profissionais.

Na minha cabeça “a coisa” funciona da seguinte forma: ao chegar um pcte hemiplégico no consultório (médico, fisioterapeuta...), não importa se é uma sequela de AVE ou TCE (claro que importa, mas não nesse momento!), e sim as dificuldades que esse pcte apresenta (motora, linguística, visual, etc...). Assim, tiramos o foco “doença” e passamos a focar na funcionalidade, já que devemos sempre ter em mente que um indivíduo que teve AVE não é igual a todos os outros, ele tem suas peculiaridades que o difere dos outros pctes. Vale lembrar o clichê “cada pcte é um caso diferente” que nem sempre é seguido!

Entretanto, a CID continua sendo útil para quantificar os casos de determinadas doenças, ou seja, é importante para a estatística! Sem ela fica difícil saber quantos casos de dengue, por exemplo, foram encontrados no Rio de Janeiro em 2012.

Como funciona a CIF?
Vamos lá, aplicar a CIF não é uma tarefa simples. Obviamente não existe uma tabela como a CID, já que são considerados any fatores.

A pontuação ocorre da seguinte forma: para partes 1 e 2 classifica-se de 0 a 4, sendo 0 nenhuma deficiência e 4 deficiência completa, presente em mais de 95% do tempo que prejudica a vida diária. Pode-se pontuar também 8 (não especificado) e 9 (não aplicável). Para a parte 3 qualificam-se as barreiras de 0 (nenhuma barreira) a 4 (barreira completa) e facilitadores de 0 a 4 também.

Ela é dividida em:

Parte 1a: Deficiências das funções do corpo
Avaliam as funções mentais, sensoriais, dor, voz e fala, sistemas e mobilidade.

Parte 1b: Deficiências das estruturas do corpo
A pontuação é a mesma da primeira parte, dividindo em sistema nervoso, estruturas relacionadas a ouvido e olho, relacionadas à fala, relacionadas aos sistemas e movimento.

Parte 2: Limitações de atividades e restrições à participação
Essa parte tem 9 itens, como cuidado pessoal, AVD, relações interpessoais, aprendizagem e vida social.

Parte 3: Fatores ambientais
Auxílio ou empecilho de produtos, atitudes, serviços e outros.

Além dessas 4 coletam-se dados referentes à doença, como hospitalizações, medicamentos, como o sujeito se avalia, hábitos tabágicos e alcoólicos, entre outros.

Ufa! Como podemos ver a aplicação da CIF é complexa, mas bastante vantajosa. Com ela podemos traçar nossas condutas e objetivos específicos para aquele pcte, de acordo com suas necessidades. Ela não é muito adotada pelos profissionais da saúde no Brasil, devendo ser mais difundida! E aí, vamos utilizar a CIF?!

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Referências
FARIAS, N.; BUCHALLA, C. M. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas. Rev Bras Epidemiol. V. 8, n. 2, p. 187-93, 2005.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Anatomia cardíaca (Parte 2)

Câmaras cardíacas


Átrios: são consideradas câmaras de armazenamento. Possuem uma estrutura, as aurículas, que formam um saco com "cristas" (músculos pectíneos), que auxiliam na contração da câmara. Entre os átrios existe o septo interatrial, com uma comunicação que se fecha ainda na fase intrauterina, formando uma fossa oval. O átrio direito (AD) recebe sangue rico em CO2 (venoso) advindo das veias cava e do seio coronário. Os orifícios nos quais as veias cava desembocam são chamados óstios. No átrio esquerdo (AE) desembocam as veias pulmonares, recebendo então sangue rico em O2 (arterial). 


Ventrículos: câmaras que bombeiam o sangue para o corpo. São divididos pelo septo interventricular, que é mais espesso do que o interatrial e impede a mistura do sangue oxigenado com desoxigenado. Possuem trabéculas cárneas que se ligam às cúspides por intermédio das cordas tendíneas, fixando as valvas atrioventriculares. As cordas tendíneas têm como função impedir que as cúspides "virem" ao avesso. O ventrículo esquerdo (VE) é 3x maior do que o ventrículo direito (VD), já que bombeia sangue para todo o corpo. Pela anatomia dos ventrículos, percebemos que o VD "envolve" o VE, adicionando força a este.






Valvas cardíacas


O coração possui um esqueleto fibroso, com um anel fibroso que insere as valvas. São constituídass por tecido conjuntivo frouxo, composto por colágeno, elastina e proteoglicanos.


Atrioventriculares: direita (tricúspide) e esquerda (bicúspide ou mitral).
Semilunares: ou arteriais, são folhetos em forma de meia lua na inserção das grandes artérias ao coração. Temos a valva pulmonar, na artéria pulmonar, e a aórtica, na artéria aorta.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Anatomia cardíaca

Coração
Formato de cone invertido, com ápice para baixo e para esquerda na altura da quinta costela, repousando sobre o diafragma, base na altura da segunda costela. Localizado no mediastino, sendo que 2/3 da massa cardíaca ficam à esquerda.
Ponto de impulsão sistólica: contato do VE com a caixa torácica no espaço intercostal, nó ápice do coração. A mudança desse ponto mostra que o coração "mudou" de lugar!


Pericárdio
Saco fibro-seroso que relaciona o coração com as paredes e órgãos próximos, a fim de revestir e proteger o coração, além de manter o coração no mediastino, limitar sua expansão e o atrito com as paredes. É firme e se funde com o diafragma pelos vasos da base (veias cavas e pulmonares). É constituído por 2 lâminas:
Fibroso: mais externa, resistente, composta por fibras de colágeno, inelástico. É como um saco que repousa sobre o diafragma.
Seroso (visceral e parietal): interna, membrana mais fina que forma uma dupla camada "dobrada". A camada visceral também é chamada de epicárdio. Entre as camadas existe um líquido pericárdico, que amortece as batidas do coração.

Outras camadas são: miocárdio e endocárdio.
Miocárdio: é o músculo cardíaco. A camada mais espessa do coração, composta por músculo estriado cardíaco, que permite a contração.
Endocárdio: envolve o interior das câmaras e as valvas, é resistente. Existem as trabéculas cárneas (músculos papilares, pectíneos e cristas), "espacinhos" que diluem a pressão durante a contração, prevenindo lesões de encolhimento. Estão localizadas nos ventrículos.



...continua!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Valvopatias

FISIOPATOLOGIA
As valvopatias, ou doenças nas valvas cardíacas, formam um grupo de cardiopatias, que, em geral, permanecem um longo período sem promover manifestações clínicas, mesmo na presença de mecanismos compensatórios característicos, e por isso, devem ser controladas as dimensões e a FEVE (SANTOS e MOISÉS, 2008).
Distúrbios valvares (congênitos ou adquiridos) podem ser classificados como insuficiência ou estenose. Na insuficiência, ocorre um fluxo retrógrado de sangue,, evoluindo para uma sobrecarga volumétrica. Já na estenose, a dificuldade na passagem do sangue leva a uma sobrecarga pressórica. Independente de sua apresentação, no entanto, a via final comum das valvopatias conduz à insuficiência cardíaca (IC). No Brasil, ocorrem com maior frequência em decorrência de febre reumática (FR) na infância, que é caracterizada por um processo inflamatório não supurativo que se instala após uma infecção pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield. Dessa forma boa parcela dos pacientes com doença valvar cardíaca no país é composta por adulto jovem (TARASOUTCHI et al., 2005).

SINAIS E SINTOMAS
Com a evolução da doença, indivíduos valvopatas apresentarão os mesmos sintomas da IC (ESMUCICA, 1999) como dispneia, tosse, edema periférico e hepatomegalia (IRWIN e TECKLIN, 2003). Os sintomas e sinais clínicos presentes nas valvopatias são decorrentes da inadequação crônica do débito cardíaco, o que, com o tempo transforma a musculatura esquelética em um alvo de sofrimento pela privação de fluxo sanguíneo, gerando consequente perda de massa muscular. Congestão pulmonar crônica é outro mecanismo envolvido nesse processo, conduzindo a prejuízo na troca gasosa pulmonar e a mudanças na mecânica ventilatória (SCHOEN, 2000). Isso pode ser evidenciado pelo fato de que 40% dos pacientes que aguardam a cirurgia de troca valvar sofrem redução na massa corporal magra (FREUND, 1996).

TRATAMENTO
Medicamentoso: redutores de pós carga (antihipertensivos e diuréticos), drogas inotrópicas, cardiotônicos e digitálicos.
Cirúrgico: comissurotomia e papilarotomia, para aumentar a área em estenoses, anuloplastia e cateter balão, para diminuir a área em insuficiências. Substituição da valva por prótese metálica ou biológica.

REFERÊNCIAS
FREUND, H.A. Nutritional of heart and lung. In: FISHER, J.E. Nutrition and metabolism in the surgical patients. 2nd ed. Boston: Little, Brown and Company, 1996, p. 667-84.
Investigadores ESMUCICA. Estudio multicéntrico de cirugía cardíaca: Pacientes coronarios. Rev Argent Cardiol., v.67, p. 605-16, 1999.
IRWIN, S.; TECKLIN, J.S. Fisioterapia cardiopulmonar. Barueri: Manole, 2003. 584 p.
SANTOS, A.A.; MOISÉS, V.A. Peculiaridades fisiopatológicas das valvopatias mitrais: Implicações clínicas e terapêuticas. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo., v.4, p. 314-, 2008.
SCHOEN, F.J. O coração. In: COTRAN, R.S.; KUMAR, V.; COLLINS, T. Robbins: Patologia estrutural e funcional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, p. 486-539.
TARASOUTCHI, F.; KATZ, M.; ACCORSI, T.A.D.; GRINBERG, M. Valvopatias: atividades físicas e esporte. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo, v. 2, p. 152-9, 2005.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ataxia de Friedreich

Esse post é dedicado à Adriana Riboli dona do blog Ataxia de Friedreich. Ela é minha mais nova paciente na clínica da faculdade! Super recomendo o blog dela, no qual ela posta coisas sobre seu dia a dia com a doença!


Ataxia de Friedreich

Distúrbio neurodegenerativo autossômico recessivo raro, por mutação no cromossomo 9. Os sinais clínicos aparecem antes dos 25 anos com perda dos reflexos tendíneos (principalmente em MMII), desequilíbrio, disartria, redução da propriocepção, ataxia, fraqueza dos músculos respiratórios, cardiomiopatia e em alguns casos diabetes.
Apenas um exame do DNA pode detectar a alteração no cromossomo.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Fascite plantar

1. ANATOMIA – PÉ E TORNOZELO

• Antepé: formado pelos MTs e falanges. Suporta parte do peso corporal e participa ativamente da fase de balanço da marcha.
• Mediopé: composto pelo navicular, cuboide e cuneiformes. Se for mais plana, aumenta o apoio do peso na região do antepé. Conecta-se às outras regiões do pé pelos músculos e pela fáscia plantar.
• Retropé: é composto pela articulação subtalar (tálus e calcâneo), que permite os movimentos de prono/supino e inversão/eversão. A articulação talocrural (tíbia e fíbula com tálus) forma uma dobradiça que permite os movimentos de dorsi e flexão plantar. A pronação é uma junção dos movimentos de eversão, abdução e dorsiflexão. Já o movimento de supinação é a associação da inversão, adução e flexão plantar. Na corrida, o pé prona mais do que na marcha.

Obs.: Musculatura intrínseca do pé é aquela que se origina e se insere no pé. Lumbricais, interósseos, flexores dos dedos são alguns músculos intrínsecos.



1.1 A FÁSCIA
Tecido fibroso que cria um invólucro ao redor dos músculos, responsável pela manutenção do arco medial. A fáscia plantar se origina no tubérculo medial do calcâneo e se insere nas MTF, ela sustenta e é sustentada por músculos intrínsecos e ligamentos do pé. Por isso, a pronação excessiva que leva a uma extensão dos artelhos tensiona a fáscia, causando dor.

O tendão de Aquiles se insere no calcâneo, quando está muito tenso tenciona também a fáscia. Pés planos “puxam” a fáscia naturalmente, como na marcha o arco plantar dobra puxando a fáscia, aumenta a tensão podendo rompê-la.


2. FASCITE PLANTAR
É um processo degenerativo, podendo ser chamado de fasciose plantar.

2.1 FATORES
Obesidade, redução da dorsiflexão, tipo de sapato e pisada, postura no trabalho, corrida e fatores mecânicos do pé. Tanto na posição ortostática como na marcha, a extensão dos artelhos tensiona a fáscia. O movimento repetitivo do andar e correr pode causar microtraumas na fáscia plantar.

Pé cavo possui uma inabilidade de dissipar as cargas durante a caminhada e a corrida, já o pé plano não possui o arco, tensiona a fáscia plantar. O pé cavo pode apresentar um calcâneo varo, que pode estar associado a uma rotação externa da tíbia. Um calcâneo valgo (em pés planos) pode associar-se a rotação interna da tíbia, com tendência a flexionar os joelhos e aumentar a lordose lombar.

No idoso, está associada à fraqueza dos músculos intrínsecos e aquisição do pé plano. Indivíduos com diabetes podem sofrer de FP por conta de uma neuropatia periférica, que leva a uma atrofia muscular, pé cavo e alterações funcionais do passo.

2.2 SINAIS E SINTOMAS
Dor na “sola” do pé, localizada principalmente logo após o calcâneo; dor forte na primeira “pisada” da manhã, logo ao acordar; dor agravada ao permanecer muito tempo em pé, caminhando ou correndo. Quando a fáscia encontra-se inflamada, ao ficarmos em pé ela é tracionada, causando dor. Durante o sono, a inatividade dos dorsiflexores promove um encurtamento da fáscia plantar, o primeiro apoio promove um estiramento brusco da aponeurose, causando dor. Geralmente é unilateral.

Quando a fascite se torna crônica, pode-se desenvolver osteófitos na região do calcâneo (o famoso esporão). Esses osteófitos desenvolvem-se porque a fáscia plantar tracionada “puxa” a região óssea na qual se insere, causando um depósito de cálcio na região estressada (como parte do processo de cura do desgaste). Pode ter rigidez no tendão do calcâneo e pontos dolorosos na panturrilha.

2.3 DIAGNÓSTICO
Baseado no HMAP; dor na palpação da região ântero-medial do calcâneo; dor exacerbada na dorsiflexão.

Exames complementares: US, RX para excluir fratura do calcâneo por estresse, RM.

2.4 TRATAMENTO
• Calçado apropriado, com suporte do arco e calcanhar acolchoado
• Órteses (palmilhas)
• Massagem transversal na fáscia
• Alongamento de tríceps sural
• Fortalecimento da musculatura intrínseca do pé
• Fortalecer tibial anterior ajuda na dorsi e na inversão, o que reduz a pronação
• Marcha transferindo o peso para a região lateral do pé
• Exercícios proprioceptivos

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Marcha do idoso

Esse foi um seminário que fiz no estágio de geriatria, sobre a marcha do idoso. Aqui estão alguns tópicos e explicações sobre a fisiologia da marcha dos nossos vôzinhos!

30 a 40% dos idosos com mais de 65 anos caem a cada ano.
Um fator de dificuldade da marcha é a mudança constante do centro de massa, que nunca fica mantido na base de suporte. Outro fator é que 2/3 da massa corporal estão localizados no segmento superior do corpo, necessitando de um maior gasto energético para manter o equilíbrio.

No idoso, ocorre um declínio da força muscular, do número de motoneurônios e da capacidade aeróbica. Em superfícies estáveis, jovens saudáveis mantêm a velocidade da marcha, idosos diminuem a velocidade e o comprimento do passo.

As modificações da marcha do idoso são um processo fisiológico e não patológico.

No idoso, a flexão plantar e dorsiflexão diminuem na fase de apoio (diminui a ADM); o joelho aumenta a extensão na fase de apoio médio, diminui a flexão na fase de balanço (fraqueza no quadríceps). Os idosos realizam uma maior flexão de quadril no contato inicial devido à necessidade de manter um comprimento mais favorável dos extensores de quadril para que consigam atingir sua demanda, sem interferência da diminuição da força muscular decorrente do envelhecimento. A força dos flexores plantares nos idosos é menor, causando um impulso mais lento.

Idosos passam a maior parte do ciclo da marcha na fase de apoio.

Obs.: Comprimento da passada: distância entre o calcanhar de um pé até o seguinte contato do mesmo pé.
Comprimento do passo: de um pé a outro. Idosos possuem menor.
Cadência: número de passos num período de tempo. Idosos possuem maior cadência (para aumentar a velocidade).


Treino de Marcha
Andar sobre uma linha imaginária;
Caminhar de lado e de costas;
Ultrapassar obstáculos;
Andar em curvas (desviando de cones);
Andar com bastão (auxílio do terapeuta).
-> muitos outros exercícios podem ser criados, usem a criatividade!



Agora preciso confessar uma coisa: não salvei as referências da pesquisa =S lembro que foram alguns livros e artigos, mas não lembro quais! Portanto, não usem essas informações em trabalhos, mas como aprendizado! =)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Órtese no esporte

Um resuminho breve sobre o uso de órteses no esporte:


Introdução
O objetivo de se usar um tutor, órtese ou brace é o de assistir, restringir, alinhar ou simular a função de uma parte do corpo.
Nos anos 60, as órteses eram destinadas a pacientes com artrite reumatóide, membro paralítico ou frouxidão ligamentar após um trauma, com o inconveniente de serem pesadas e grandes.
A lesão esportiva é uma “síndrome dolorosa” que prejudica o desempenho do atleta no seu esporte. Esse atleta pode utilizar órteses para melhorar seu desempenho, principalmente após lesão.

Paraolimpíadas
A estrutura do esporte paraolímpico brasileiro é semelhante à dos esportes olímpicos. A diferença é que os atletas são agrupados em função de suas deficiências e não por modalidades.
Vital et al. (2007) avaliou 82 atletas paraolímpicos, sendo que a maioria que utilizava algum tipo de órtese, como cadeira de rodas ou bengala.

Conclusão
Pieper & col. indicam o uso de órteses somente para atletas em reabilitação após cirurgia ligamentar do joelho ou que recusam a se submeterem ao tratamento cirúrgico. A órtese profilática é de pequena eficácia, não justificando os custos de seu uso. Diversos autores concordam que as órteses podem inibir o desempenho em atletas assintomáticos.

Referências

VITAL, Roberto et al . Lesões traumato-ortopédicas nos atletas paraolímpicos. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n. 3, June 2007.

Revista Brasileira de Ortopedia. Disponível em acesso em: 21/05/2011.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Iniciação científica

Se eu pudesse dar um conselho a todo calouro de fisio seria esse: faça uma iniciação científica!

Não sei como funciona nas outras faculdades, mas o Mackenzie oferece e incentiva esse projeto e, dependendo da pontuação e da quantidade de inscritos, você pode receber uma bolsa! Independente de receber ou não o auxílio financeiro, esses projetos têm uma grande importância acadêmica. O aluno não só aprende a escrever de acordo com as normas da ABNT, como aprende a coletar dados, a lidar com pacientes e familiares antes de precisar fazer isso para o TCC! E no final você ainda pode publicá-lo em forma de artigo em alguma revista científica, apresentá-lo em congressos e simpósios. Enfim, uma ótima experiência!

Ainda não posso publicar trechos do meu trabalho, mas quando ele estiver pronto e publicado (se Deus quiser!) coloco o link da revista =)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Resumo básico pneumo

Antes do estágio no hospital fiz esse resumo para relembrar algumas técnicas e lembretes que são importantes. Está beeeem resumido e com um vocabulário simples, é daqueles que você bate o olho e relembra!


Radiografia: hipotransparente (presença de secreção), hipertransparente (presença de ar).

INSPEÇÃO
- tiragens: intercostal, supraclavicular, supraesternal, sub-diafragmática.
- uso de mm acessórios.
- configuração toracoabdominal: expansão simultânea de tóraz e abdome. Predomínio torácico, abdominal (em DD é normal) ou paradoxal.
- tempo expiratório prolongado.
- taquipnéia (resp cachorrinho)
- fala entrecortada, cianose, sudorese, face angustiada, palidez, rebaixamento do nível de consciência.
- tipo de tórax: normolíneo, brevelíneo e longilíneo.
- deformidades: pectus carinatum, excavatum. Escoliose, cifose.

PROPEDÊUTICA
- expansibilidade torácica
- FTV: não sente a vibração quando tem muito ar, vibra muito em secreção. Avalia entre as escápulas, inferior.
- percussão: hipertimpânico (oco) nem maciço.
- ausculta: MV ou RA [sibilo (ins – hipersecreção brônquica, ex – broncoespasmo), ronco (secreção em VAS) diminui com tosse, estertor crepitante (barulho de esfregar o cabelo. Alvéolo fecha na ex e só abre no fim da ins) e estertor subcrepitante (bolhoso, no fim da ins. Secreção.)]

TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA
- mudança de decúbito: (zona dependente mais ventilada – em pé é a base; zona não dependente mais aerada – em pé é o ápice).
- drenagem postural: pulmão afetado na zona não dependente.
- percussão: remove secreção.
- vibração: desloca secreção para VA mais centrais. Oscila e varia fluxo.
- oscilação de alta frequência externa: colete que vibra.
- OAF pela IPV (ventilação percussiva intrapulmonar)
- válvula oscilatória: Flutter/Shaker/Acapella. Tem efeito PEP também, além de variar fluxo e oscilar.
- compressão: em alto fluxo trabalha secreção em VA proximais, baixo fluxo em VA distais.
- tosse: alto fluxo.
- TEF: técnica de expiração forçada. Huffing, com glote aberta. No VRI mobiliza VAS e no VRE mobiliza VAI.
- AFE: aumento do fluxo expiratório. É como a TEF, mas em bebês. Não faz em crise de asma. Rápida e lenta.
- ELPr: expiração lenta e prolongada. É como a AFE lenta, mas no final da ex mantêm a compressão até VR. Bebê.
- DRR: desobstrução rinofaríngea retrógrada. Inspiração forçada, pode associar com a ELPr.
- ELTGOL: expiração lenta total com a glote aberta em infralateral. Pulmão afetado contra a gravidade (diferente da drenagem). Comprime. Bom em broncoespasmo.
- DA: drenagem autógena. 4 fases.
- CAR: ciclo ativo da respiração.
- PEP: resistor expiratório. Previne o colapso das VA. Auxilia na secreção pela ventilação contralateral.

REEXPANSÃO PULMONAR
- compressão-descompressão: Comprime no lado atelectasiado.
- proprioceptiva: idem.
- bloqueio torácico: comprime o outro lado. Varia a pressão pleural abrindo a atelectasia do outro lado.
- inspiração fracionada
- soluços inspiratórios
- inspiração sustentada
- expiração abreviada
- respiração diafragmática
- respiração costal-basal: com leve compressão no tórax.
- inspirometria de incentivo a volume (melhor que a fluxo), pois o fluxo deve ser lento e baixo para encher os alvéolos menores.

VENTILAÇÃO MECÂNICA
- CMV à pressão: ventilação mandatória controlada. Controlado. Disparo a tempo, ciclagem a tempo, limite a pressão.
- CMV à volume: ventilação mandatória controlada. Controlado. Disparo a tempo, ciclagem a volume, limite a fluxo.
- PSV: ventilação com pressão suporte. Espontânea. Disparo a pressão, ciclagem a fluxo, limite a pressão.
- SIMV à pressão: ventilação mandatória intermitente sincronizada. Assistido. Disparo a tempo, ciclagem a tempo e limite a pressão. Ajusta Pc e tempo ins.
- SIMV à volume: ventilação mandatória intermitente sincronizada. Assistido. Disparo a tempo, ciclagem a volume e limite a fluxo. Ajusta VC e limite do fluxo.
Obs.: quando cicla a tempo o fluxo fica zerado no momento da ciclagem.

Parâmetros ajustados: tempo ins (0.8s pra bebê e 1.3s pra adulto); FR; sensibilidade -2 ou -3; FiO2 40%; fluxo de acordo com SpO2; VC 5mL/kg; PS 25mmHg; PEEP 5cm2H2O.

De volta em 2012

Recebi hoje uma mensagem inesperada de uma professora no Facebook, dizendo que estava pesquisando imagens para as aulas dela e caiu numa página do meu blog! Então pensei em voltar a escrever né? Afinal, em breve serei oficialmente uma fisioterapeuta!

Notícias: Bem, minha iniciação científica foi aprovada com bolsa, mas aconteceram alguns imprevistos e só vou concluí-la esse semestre. Aliás...época de TCC! Meu tema? Avaliação da qualidade de vida de valvopatas. Em homenagem a minha avó, que fez uma valvoplastia há alguns anos!

Planos para 2012: Me formar em junho e prestar as provas de especialização no fim do ano! Optei por seguir na cardiorrespiratória, apesar de ter me apaixonado por geriatria e até saúde do trabalhador! Mas acho que cardio é a minha área...Bem, ainda vou passar pelos estágios de neuro e ortopedia, então veremos!

É isso aí!
Beijos fisios e futuros fisios!